quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Uma fezes de uma mordida

Um copo, dois talheres, uma boca, um cheiro, um momento. 
Sorvete de creme derretido sobre a mesa, 
Um cálice quebrado no chão, 
Duas e meia da tarde, 
Duas e inteira da noite, 
Duas vezes ao dia, 
Seu dente ardia, 
Um resto, uma barata morta, um fio, um fiasco 
Quereres e saberes, 
Uma mordida mortal,
Uma maçã, um vampiro, uma cobra,
Tanto faz, ela morreu de mordida 
Não foi de papel 
No quinto dia do quartel 
Abandonado, largado e sofrido 
Quero de volta meu dinheiro 
Do cd sem música
Meus ouvidos explodiram 
De tanto de ouvir dizer  
Que me ama 
Ama seu dinheiro e teu cigarro, 
Teu cachorro e seu papagaio 
Deu um pigarro, 
Um golpe  
Outro 
Uma mordida, 
Uma morte 
Um enterro

Trêm de Ninguem

Queria escrever uma poesia quando andava de trem, mas só consegui um amém.Queria beber café em vez chá, mas acabei sem ninguém.Queria correr e não deitar, mas desse jeito irei morrer.Queria sorrir e parar de chorar, mas o trem faz ³píííu´ e eu fuck you.Queria querer, mas apenas desejei um nada de um vácuo infinito de nada e nada, apenasnada que eu queria era querer ou desejar o desejo dos sete dias andando de trem.Viagem longa e chata,Sem rumo, sem destino, sem jeito de voltar,Quero mesmo é ir e não amar.Quero ser de pedra, mas sou de ouro.Sou de outro, mas quero ser destra e não canhota.

Nada com nada, palavra sem palavra

Eu escrevo para matar o tédio, 
Eu quero que leiam, 
Ninguém lê, 
Sou invisível
Sou de merda 
Querem o topo 
E não a semente
 Quero matar o flop e o vácuo, 
Mas só consigo matar a auto-estima 
Dos excluídos da terra 
De marte 
E da guerra 
Quero 
E não quero 
Gosto de querer e de escrever  
Mas não gosto do abandono 
do quem nunca obteve o abandonado 
Não gosto mesmo 
Ponto final, e nada mais.

Sutiã

Doei meu sutiã a um mendigo 
Tinha um milhão de dólares nele 
Ele ficou rico e eu pobre. 
Ganhei uma pomba e a comi. 
Porque não tinha dinheiro nem pra dormir e sonhar  
Que tinha dinheiro
 Eu tenho direito 
De andar e correr  
Mas minhas pernas foram cortadas pela meia 
De fiapos daquele outro que sumiu.

domingo, 12 de junho de 2011

A fraca em seu leito


As pílulas coloridas estavam espalhadas sobre a pia, as mãos estremeciam e seus olhos fitavam seu reflexo no espelho rachado. O corpo nu molhado, estava coberto pelos longos cabelos  dourados , os pelos loiros arrepiados pelo frio completava o cenário da pele branca. Sua respiração era fraca e baixa, mas mesmo assim embaçava o espelho.
Ela se apoiou na pia junto a um suspiro cansado, lentamente seus olhos abaixaram para as suas mãos, sua boca abriu na tentativa de dizer algo, mas não suportou, e ali mesmo seu corpo caiu sobre o chão gelado, os cabelos dourados se espalharam tanto no corpo quanto no chão.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Estranho

Estranho como as coisas mudam, estranho como eu me lembro do passado, por estranho que seja
Eu vejo pessoas que antes pertencia a mim e não pertence.
Eu queria levá-los de volta, mas eu não amo tê-los.
Eu amo ainda mais para esquecê-los, por isso fiz de errado para mim.
Esquecê-los é uma virtude que eu tenho de as cicatrizes minúsculas agora o que eu chamo de coração.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Cicatriz

Cada momento é marcado, mas quando ele é marcado, ele vai ser preso em sua mente. Quando é que uma coisa boba de se esquecer. Mas o problema é que você me tocou, agora ele está preso em minha mente, como se fisesse parte de mim, como não algo que você tirar de meus pensamentos.

Por favor, não me machucar mais, porque essas cicatrizes marcará mim e derramou uma lágrima cada vez que vejo ela, e eu sei que você derramou dois cada vez que vejo isso e não podia fazer mais nada.