quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Uma fezes de uma mordida

Um copo, dois talheres, uma boca, um cheiro, um momento. 
Sorvete de creme derretido sobre a mesa, 
Um cálice quebrado no chão, 
Duas e meia da tarde, 
Duas e inteira da noite, 
Duas vezes ao dia, 
Seu dente ardia, 
Um resto, uma barata morta, um fio, um fiasco 
Quereres e saberes, 
Uma mordida mortal,
Uma maçã, um vampiro, uma cobra,
Tanto faz, ela morreu de mordida 
Não foi de papel 
No quinto dia do quartel 
Abandonado, largado e sofrido 
Quero de volta meu dinheiro 
Do cd sem música
Meus ouvidos explodiram 
De tanto de ouvir dizer  
Que me ama 
Ama seu dinheiro e teu cigarro, 
Teu cachorro e seu papagaio 
Deu um pigarro, 
Um golpe  
Outro 
Uma mordida, 
Uma morte 
Um enterro

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